entelékia

                         01/11/2013

LIBERDADE
a trilogia condensada 
  
Compromisso?
O que é isso?
É uma viagem,
    com Coragem,
A bordo da Confiança,
    com Esperança,
Rumo à Competência
   
da Independência!

                         Parceria não autorizada
                Lincoln Harten / Pedro McCarty



COMPROMISSO, QUE É ISSO!?*

COMPROMISSO
É UMA VIAGEM

ONDE:

NAVEGAR É PRECISO
&
VIVER NÃO É PRECISO

E COMO A SABEDORIA
INDICA:

COMANDO,
HÁ QUE SE TER
PARA ISSO...

NESTA HORA:

CORAGEM
NA BAGAGEM
É UMA PEDIDA



VADA BORDO
DA CONFIANÇA
CHEIO DE
ESPERANÇA.

RUMO A
COMPETÊNCIA

NA LIBERDADE
QUE O SONHO
HUMANO
ALIMENTA.

QUE NÃO HÁ
NINGUÉM QUE
EXPLIQUE

E NINGUÉM QUE
NÃO ENTENDA.

*PARCERIA DE GENTE BOA NÃO SE AUTORIZA:

LINCOLN ARTE DAS CANDONGAS
PEDRO MARCART DE OLIVEIRA FERREIRA

FERNANDO GRANDE PESSOA
OU
CAETANO ESSE VELOSO
COSTA CONCÓRDIA
CECÍLIA GRANDE MEIRELLES



enteléquia[1]
e o Sentido da Vida


Tomei conhecimento desse termo através do meu sócio George Barcat, o filósofo, que já usava como ‘marca’ de seu software de gerenciamento e acabou sendo o nome de nossa empresa, embora em versão fantasia:

Aristóteles fala de 'enteléquia' em contraposição à teoria platônica das ideias e defende que todo ente se desenvolve a partir de uma causa final interna a ele e não, como afirmava Platão, por razões ideais externas. Enteléquia seria, portanto, a tensão de ‘algo’ para se realizar segundo leis próprias, passando da potência ao ato.
No princípio era o verbo...
João, I
A mãe de Deus é uma virgem porque representa a portadora da enteléquia da espécie, não apenas a replicadora de um código genético pré-existente, mas a matriz de uma nova espécie, fruto da inseminação de um anjo mensageiro, cuja mensagem é o código genético, a enteléquia, o verbo primordial.

Goethe, o pensador alemão, ensinava que nossa tarefa é aquela que estiver diante de nós a cada momento e a ela devemos dedicar nossos melhores esforços. Uma vez concluída, uma nova tarefa se apresentará e após virá outra e assim por diante. Isso não significa, de forma alguma, sermos levados pelo vento, sem direção, ao contrário, significa que precisamos estar nos preparando permanentemente para perceber o que Deus quer de nós.

Muito bem, mas qual o sentido disso tudo, afinal o que “Deus”, seja lá quem ou o que seja, quer de nós? Temos dificuldade até de aceitar a própria existência de um deus, quanto mais de perceber o sentido da vida. Deus, aquele que emitiu o verbo, o que sonhou a enteléquia de tudo?

Se me perguntarem o que Deus significa eu poderia dizer:

– Você tem tempo...? Parafraseando Cortella, e desfiaria toda aquela história sobre a infinitude do universo ou do multiverso, a grandiosidade e multidimensionalidade do cosmo, os prodígios da natureza e da vida etc. etc. etc.
Ou:    
– É o que tem praquém do além, na terra dadonde vive os môrto! Como diria Bento Carnêro, o vampiro brasileiro.
Ou ainda:     
– Ao infinito e além...!
Buzz Lightyear.
Monty Python fez uma tentativa de esclarecer-nos em “O Sentido da Vida”, com sucesso bem discutível, eu diria, mas o filme é muito bom, eu recomendo.

De qualquer forma, à parte essa discussão teológica, há uma pergunta que não quer calar: Qual é o sentido da vida? Ora bolas!
Bem... EU NÃO SEI! ORA BOLAS!
É uma dessas coisas que são da competência de Deus, não minha!
Mas, vamos voltar ao nosso assunto: O Sentido da Vida!
Mito de SísifoSísifo, rei da Tessália e de Enarete, era o filho de Éolo. Fundador da cidade de Éfira, que mais tarde veio a chamar-se Corinto, e também dos jogos de Ístmia (ou Ístmicos). Sísifo tinha a reputação de ser o mais habilidoso e esperto dos homens e por esta razão dizia-se que era pai de Ulisses. Sísifo despertou a ira de Zeus quando contou ao deus dos rios, Asopo, que Zeus tinha sequestrado a sua filha Egina. Zeus mandou o deus da morte, Tanatos, perseguir Sísifo, mas este conseguiu enganá-lo e prender Tanatos. A prisão de Tanatos impedia que os mortos pudessem alcançar o Reino das Trevas, tendo sido necessário que fosse libertado por Ares. Foi então que Sísifo, não podendo escapar ao seu destino de morte, instruiu a sua mulher a não lhe prestar exéquias fúnebres. Quando chegou ao mundo dos mortos, queixou-se a Hades, soberano do reino das sombras, da negligência da sua mulher e pediu-lhe para voltar ao mundo dos vivos apenas por um curto período, para castigá-la. Hades deu-lhe permissão para regressar, mas quando Sísifo voltou ao mundo dos vivos, não quis mais voltar ao mundo dos mortos. Hermes, o deus mensageiro e condutor das almas para o Além, decidiu então castigá-lo pessoalmente, infligindo-lhe um duro castigo, pior do que a morte. Sísifo foi condenado para todo o sempre a empurrar uma pedra até ao cimo de um monte, caindo a pedra invariavelmente da montanha sempre que o topo era atingido. Este processo seria sempre repetido até à eternidade.
Albert Camus, introduz sua filosofia do absurdo: o do homem fútil em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Será que a realização do absurdo exige o suicídio?                                                                Camus responde: – "Não. Exige revolta".

E agora, ficou claro? ...
É, acho que não estamos chegando a lugar nenhum, mas acredito que existem outras abordagens possíveis.

Vejamos: eu sempre brinco com essa questão dizendo:                                                     – Estou aqui a passeio, não a negócios!

“... todo ente se desenvolve a partir de uma causa final interna a ele... “
É isso, acho que sempre acreditei nisso, mesmo antes de saber.

Acho que, sejamos o que sejamos - essa é uma coisa que nunca conseguiremos explicar - nós, cada um de nós, decidimos estar aqui. Antes mesmo de existir.

Não estou propondo algo como o espiritismo ou outra teoria reencarnatória. Se fosse para adotar uma ideia desse tipo, ficaria com o Taoísmo, que explica as coisas, inclusive nós, como emergentes do nada e retornando para o nada – o Tao.

O que estou dizendo é que a nossa existência se deve a uma decisão, uma decisão que tomamos sabe-se lá em que nível, mas que nós é que tomamos. Essa visão torna as coisas mais plausíveis, pelo menos para mim.

Agora, vejam este vídeo e depois me digam se a vida tem sentido para esse cara.
“... nossa tarefa é aquela que estiver diante de nós naquele momento e a ela devemos dedicar nossos melhores esforços.”
Pois é, talvez isso seja “FÉ”, não sei, só sei que, qualquer que seja a “verdade”, não podemos nos esquecer que o que vemos é uma interpretação dessa “verdade”, já que, se repararmos bem, até a memória não passa de imaginação com álibi.

Alegoria da cavernaImaginemos um muro bem alto separando o mundo externo de uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por louco e inventor de mentiras.Platão não buscava as verdadeiras essências na simples Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que por acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.A partir da leitura do Mito da Caverna, é possível fazer uma reflexão extremamente proveitosa e resgatar valores de extrema importância para a Filosofia. Além disso, ajuda na formulação do senso crítico e é um ótimo exercício de interpretação.
Quanto a mim, posso dizer que sinto ter “decidido” estar aqui, não sei como nem onde, mas sei que foi por querer essa experiência, querer viver e interpretar essa vivência, tanto quanto possível, mas duas coisas estavam presentes: Liberdade e Compromisso, a primeira como o valor mais desejado, porém o segundo como aquilo que não pode ser rompido ainda que a custo da primeira.

Nossa mente vê até certos limites, a partir daí começa o mistério e o mistério só pede SER SAGRADO, o SER que você melhor aceitar, mas que SEJA SAGRADO.

Sagrado é respeitar os outros pelo simples fato de nós sermos o ‘outro’ para eles.

Entender que nossas verdades podem ser absurdas para o outro, como podemos achar absurdas as ideias de alguém.

Perceber que lutar por nossas ideias é apenas isso: lutar e não exterminar o que pensa diferente. Lutar por ideias é convencer, não vencer.

Entretanto lutar pelos nossos direitos pode chegar a extremos de violência como as guerras.

As guerras não são aberrações, são perfeitamente possíveis e até prováveis, afinal todos nós lutamos para tirar do mundo mais do que ele tira de nós, um mundo em que uma população de expoente nove e crescendo exponencialmente, compete por recursos finitos e finando, mas mesmo as guerras devem ser sagradas, devem obedecer a limites que nos mantenham dignos e conservando nosso auto respeito, sob pena de perdermos a coesão como espécie humana.





[1] en='dentro'+telos='finalidade':entelos='finalidade interior'+echein=‘ter’: entelékheia =‘ter finalidade interior’

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