Nós somos“NÓS”!

14/12/2013

Eu vejo o universo como uma grande rede, da qual somos os nós, ou seja somos o resultado de nossas relações com os outros e com as demais coisas.
Uma rede é uma trama feita de fios e nós.
Os nós nada mais são que a interação dos fios.
Essa visão de mundo é muito antiga.
Os humanos anatomicamente modernos originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comportamento moderno há cerca de 50 mil anos.
A filosofia ocidental surgiu na Grécia antiga no século VI a.C., a existência do Hinduísmo data de 4.000 a 6.000 mil anos a.C., o taoismo tem sua origem entre 2.697 a.C. e 2.597 a.C., portanto estamos falando de 3.000 a 8.000 anos de filosofia e todas as correntes filosóficas ensinam, de alguma forma, o mesmo princípio, a ideia de contínuo, de unidade do cosmo, de ligação entre todas as coisas, matéria, energia. Entretanto não estamos convencidos disso.
Uma vez, discutindo essas questões com o Guilherme, meu parceiro no conto “A Porta” e amigo de algumas décadas, falava desse paradoxo que é estudar, pesquisar, desenvolver novas tecnologias, aparentemente para nada, só para descobrir que a vida simples, como a do índio, é suficiente para ser feliz, fazendo essa loucura chamada “civilização” parecer uma “corrida atrás do rabo”.
Por outro lado, constatamos que esse mesmo índio, apesar de parecer estar num estágio de qualidade de vida e relação com a natureza mais saudável e até mais evoluído que nós, os homens civilizados, é também o mais facilmente corrompível, podendo ser seduzido por espelhinhos (hoje em dia, os espelhinhos das Hilux).
Ouvindo minhas duvidas ele explicou (conforme seu modo ‘espírita’ de ver o mundo):   – Eles (os índios) vivem assim, mas não tem consciência disso. Nós estamos percorrendo um caminho de aprendizado, experimentando e aprendendo, como fazem as crianças, de forma a atingir um modo de vida que, ainda que venha a ser parecido com o dos índios, será muito mais consolidado, porque baseado na consciência desse estado.
Pois não é que no século XX a ciência começou a esbarrar em conceitos já intuídos pelos filósofos há muitos séculos:
Como vejo o mundo                                                                                                    Albert Einstein
A influência de Maxwell sobre a evolução da realidade física
...
Bem depressa, em compensação, tentarão explicar pela teoria do campo os pontos materiais e sua inércia, com o auxílio da teoria de Maxwell, mas esta tentativa fracassará.
Maxwell obteve resultados importantes particulares, por trabalhos que duraram toda a sua vida e nos setores mais importantes da física. Mas, esqueçamo-nos deste balanço, para estudar apenas a modificação de Maxwell, quando chega a conceber a natureza do real físico. Antes dele, eu concebo o real físico — isto é, eu represento para mim os fenômenos da natureza desse modo — como um conjunto de pontos materiais. Quando há mudança, as equações diferenciais parciais descrevem e regulam o movimento. Depois dele, eu concebo o real físico representado por campos contínuos, não explicáveis mecanicamente, mas regulados por equações diferenciais parciais. Esta modificação da concepção do real representa a mais radical e mais frutífera revolução para a física desde Newton.
...
Se você desmanchar uma rede como faz para guardar os nós?
Não dá pra separar, é tudo junto e misturado.
Sem censura nem patrulhamento, lembrando que a perfeição é uma me... ta!
Ninguém é um estúpido perfeito, nem mesmo o que acredita em perfeição,
apesar da perfeição ser uma estupidez!
Nós não existiríamos se Deus não desse uma chance ao erro.
O acaso vai me proteger quando eu andar distraído.

Promessas e realidades

Interessante avaliar nossa atitude ante a percepção do tempo: passado, presente e futuro. Lembrando que estamos falando de ‘percepções’ apenas, não da realidade objetiva.
“A tecnologia seduz pelo que promete!”
A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.
Albert Einstein      
Essa frase reflete um sentimento que todos nós percebemos. Sempre queremos acreditar que ‘aquela tecnologia’ vai melhorar nossa vida (futuro), entretanto ao adquiri-la constatamos que não é bem assim: ela traz novidades sim, mas logo percebemos que nossa percepção da vida não mudou muito.
“O sofrimento aterroriza pelo que promete!” Outra forma de dizer o mesmo.
Se enfrentássemos os sofrimentos apenas pelo que eles causam de dor ou desconforto, com certeza sofreríamos muito menos, mas a angústia de acharmos que aquilo poderá ter consequências graves, seja mais sofrimento, seja como sequelas, é que realmente faz sofrer.
Da mesma forma sempre temos a impressão que antes era tudo melhor, o que de certa forma explica um pouco a frustração com o novo, pois a percepção da realidade é como a percepção da esposa, que vem com todas as mazelas do dia a dia, quando comparada com a percepção da amante, sempre cheirosa e gostosa quando a encontramos.
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém...                                                    mas é você que ama o passado e que não vê...                                                                Belchior
Nem esperar demais, nem se desesperar, eis a saída!
O passado é história,
o futuro é mistério e
hoje é uma dádiva.
Por isso é chamado presente!
Provérbio Chinês
Viver o presente! Simples assim, dando sempre uma chance ao erro. Tem que confiar e usar a coragem para ser livre. A verdadeira liberdade é essa, sem pré-ocupações nem frustrações.

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