13/10/2018
Não, nada de novo a dizer, apenas uma compilação resumida e objetiva da preocupação já dita e redita por mim em outros tempos, talvez uma forma de ter certeza de que eu falei.
Lá nos idos de 2010 iniciava o DeMimPro6, cujo único objetivo sempre foi assentar tudo que aprendi e abrir para discussão, porque, como está claro no prefácio do Volume I: http://www.youblisher.com/p/81292-DeMimPro6-Volume-I/ - abaixo, eu percebia um fenômeno com várias facetas, a robotização dos seres humanos, verdadeiros súcubos manietados por condicionamentos impostos de muitas formas.
Começando
Se conselho fosse bom seria vendido e não dado! É isso que o povo diz. Por isso não tenho a intenção de aconselhar ninguém, já tive meu tempo.
O que segue é apenas uma compilação das minhas reflexões ao longo da vida, das inúmeras tentativas, muitos erros e, principalmente, dos poucos mas decisivos acertos.
São mensagens propositadamente concisas, para que cada um construa o restante a partir de seus conceitos, sua visão de mundo.
São ideias que considero importantes para que cada um reflita e que não devem ser tomadas como certas ou erradas, apenas como temas de discussão. Minha intenção é estimular a reflexão que, tenho certeza, vocês já fazem, porque não sucumbiram, como a grande maioria, a um estilo de vida banal.
Súcubo (do latim succubus) é um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter uma relação sexual com eles para lhes roubar a energia vital.
Da mesma forma que os vampiros, a mitologia dos súcubos diz que eles eram pessoas normais que acabaram por sucumbir à sedução de outro súcubo.
O fato desse mito ter sido construído sobre uma metáfora sexual não é por acaso, afinal o sexo é o fundamento da vida e, por isso mesmo, nos impressiona mais facilmente, entretanto leva à reflexão sobre outros aspectos do comportamento.
O ambicioso que não mede consequências para ter sempre mais, o obcecado pela carreira que coloca tudo o mais em segundo plano, o vaidoso que corre atrás de objetos de ostentação, são, na minha visão, exemplos de súcubos, afinal sucumbiram a modelos impostos por grupos com as mesmas tendências, outros súcubos.
Eu vejo a humanidade como algumas pessoas, poucas, que preservaram integralmente sua liberdade de seres humanos, cercados por uma horda de súcubos.
Outro tipo de súcubo é aquele que perdeu a dignidade, não o pobre, mas aquele que perdeu a força para lutar. A pobreza em nosso país é triste por esse motivo. Nós (nossa família) temos uma história muito recente por aqui, meus avós, por exemplo, vieram da Europa a cerca de cem anos apenas e trouxeram com eles valores que, infelizmente, não vemos em uma parte significativa da população pobre deste país.
A boa notícia (não tenho dúvida nenhuma disso) é que nós somos humanos verdadeiramente livres. Eu, vo6, nossa família enfim, e devemos isso a nossos genes, sem dúvida, mas também, em grande parte, a nossos pais, avós etc. que nos prepararam para ser o que somos, a eles: Muito Obrigado!

Um dos aspectos mais evidentes desse fenômeno é o total descolamento entre o que chamamos de sabedoria humana, acumulada e discutida por milênios e a estupidez do homem que continua a repetir os mesmos erros do início da humanidade, outro é a facilidade como se convencem hordas de súcubos seja para algum ato de consumo, seja para alguma seita religiosa ou política.

Cresci em uma época dominada pelas certezas: família, democracia, capitalismo, religião, progresso, país do futuro, homem como centro da criação, conquista do espaço, do universo etc. etc.

Filosofia grega, alemã, ciência judia, história americana, globalização e o fim das fronteiras, liberdade, desenvolvimento tecnológico, miscigenação como solução para o aprimoramento do ser humano.

Logo depois alguns importantes pensadores anunciaram que entrávamos na era das incertezas. Tudo parecia desmoronar, conceitos, crenças, em nome de uma anarquia possível.

Hoje constato que esses filósofos do pensamento dominante estavam errados. O senso comum teima em assimilar tudo aquilo que aparece como resposta definitiva, final e, obviamente, “correta”!
E você achando que pensava livremente!

A mensagem inoculada por quase todas as religiões construiu a maior e mais eficaz barreira ao desenvolvimento humano: seríamos, segundo essas seitas, filhos escolhidos de deus (cada uma com seu modelo), criados à sua imagem e com potencial para sermos anjos.

A mais perniciosa de todas as religiões continua sendo a religião socialista.

A máxima bíblica: No princípio era o verbo!, revela um fato da vida, a enteléquia de Aristóteles, a potência que vem antes do ser. Como disse algum pensador: Pensar traz consequências!

O fenômeno dos robôs nas eleições ganha um outro significado quando constatamos que não são apenas virtuais, na verdade a grande maioria deles são reais, pessoas de carne, osso e cérebro, que venderam barato este último por uma ilusão de fazer parte do grupo “politicamente correto”.

Não que seja um fenômeno inédito, a estratégia dos socialistas emprega métodos bastante sofisticados desde que adotaram a teoria da hegemonia cultural de Gramsci, mas não deixa de ser desalentador perceber como indivíduos esclarecidos e bem formados sucumbem um após outro continuamente e com tal facilidade.

Angus Deaton, Nobel de economia de 2015, em seu livro The Great Escape: Health, Wealth, and the Origins of Inequality, explica como a desigualdade é subproduto natural do desenvolvimento econômico, mas existe um fenômeno similar em relação ao desenvolvimento cultural.

Da mesma forma que em economia, o desenvolvimento humano é desigual entre os indivíduos, natural que seja assim, entretanto quando falamos da cultura de uma sociedade democrática, isso resulta num enorme risco de desarmonia e conflitos.

As crises que estamos testemunhando em todo o planeta nas últimas décadas nada mais são do que o resultado dessa disparidade cultural entre os que tem o poder de decisão e os que são submetidos a essas decisões.

Um grupo cada vez menor de pessoas determina cada vez mais o que é correto pensar e os súcubos vão caindo como moscas.

Um dos princípios que sempre norteou minhas escolhas foi o de que qualquer evolução pessoal deve ser compatível com o grupo ao qual estou ligado, seja na família, seja no trabalho. Qualquer processo evolutivo deve ser compartilhado, tanto mais quanto mais próxima for a pessoa de nossa convivência.

Foi dessa forma que sempre tentei avançar em novos conhecimentos sem atropelar as pessoas com quem convivo, da mesma forma que no trabalho promovi muitas iniciativas para divulgação de novos conhecimentos de forma a equalizar o nível do grupo, como foi o caso, nos anos 80, quando promovemos cursos de informática feitos por nós mesmos, para trazer conosco mais de 100 colegas que não tinham nenhuma base do assunto.

Não é sem razão que meu lema é: Conhecimento distribuído é mais eficaz!

Não pretendo analisar o que ocorre no mundo, mas vamos pensar um pouco em nosso caso particular, no Brasil.

Ocorre que a grande maioria da nossa população é conservadora, religiosa e tradicionalista e, cada vez mais está sendo alijada dos processos decisórios pela elite “descolada” de súcubos pensantes.

Quando se propala os benefícios, por exemplo, do Vegano, será que estamos atingindo o pessoal do Grajaú, de Itaquera, do semiárido nordestino, ou mesmo do vale alemão em Santa Catarina?

Mais do que isso, será que estamos aderindo a alguma “verdade” científica ou a alguma “seita” imposta pela falsa maioria?

Construímos certezas a partir de conceitos que nos foram implantados por uma intelligentsia que se apoderou de nossa cultura e à qual sucumbimos sem reclamar.

Quando um jornalista redige um artigo sobre a proibição do aborto ou das drogas, ele normalmente usa o adjetivo “polêmicos” para esses assuntos, o que não ocorre quando se trata do contrário. A cultura dessa elite está dominada pela intelligentsia, porém a cultura da massa continua livre.

Repare como o típico “robô súcubo” adora rótulos, liberal, neoliberal, conservador, fascista etc. etc. Isso facilita o desligamento da percepção e da análise, um mero rótulo basta para eliminar uma possibilidade potencial de aprender e isso é o que a intelligentsia não quer.

E como se forma essa intelligentsia?

Viver é arriscado, o medo exige que nos integremos a algum bando, a Síndrome de EstouCalmo nos leva à aceitação passiva dos valores do bando, sucumbimos docilmente e aí Vem engano!

Passamos a defender qualquer coisa que a intelligentsia nos garante que é politica/cientificamente correta, mas esquecemos que nesse processo vamos intensificando a tensão entre nós e o resto do povo.





Bônus eleições 2018
Boçalnaro é exatamente resultado disso, nada podemos fazer para conter essa força que pode até ser batida momentaneamente, mas continuará com seu potencial explosivo só esperando para chacoalhar as estruturas.

Para quem realmente se preocupa com isso – robots are not allowed – recomendo o que segue:
leitura: A corrupção da inteligência - Flavio Gordon
Lula fala das estratégias da esquerda: "... mas eu não tenho mais 30 anos!"
 https://youtu.be/efkaaNgNI_c
José Dirceu ao El País: "E dentro do país é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição."


Para os seres humanos que pretendem ser livres, o artigo abaixo tem algumas chaves:
A MIRAGEM DO MERCADO - W l a d i m i r   P o m a r  -  1991 - Comentários DeMimPro6


Vêem porque o Boçalnaro é inevitável?

Muitos continuam me perguntando como eu sucumbi por 30 anos a essa conversa. Muito bem, por acreditar nas pessoas abaixo, liberais do PT que foram vencidos pelo aparelhamento do Zé Dirceu:
Suplicy: Ao contrário do cabresto do Bolsa Família, imposto de renda negativo, anônimo, automático e extremamente justo, além de não ser deseducador!
Buarque: Ao contrário da ênfase em universidades públicas e gratuitas, apoio total ao ensino básico, sem viés ideológico.
Bicudo: Ao contrário do aparelhamento do judiciário, uma justiça independente e livre das influências partidárias e governamentais.
Lula: Governo eminentemente liberal, com o BC atuando de forma livre e a economia nas mãos hábeis do Meirelles. Este apenas me enganou, preparava o colchão de amortecimento para o verdadeiro projeto hegemônico que viria em seguida.