Segue o terceiro
Versão DemimPro6 de Podcast
A transcrição completa está na sequência.
Este é o terceiro para daqui, o nosso podcast do DeMimPro6.
27/09/2021
Estão cobrando muito sobre atividades físicas, que a gente fale sobre as nossas atividades durante a pandemia, o que deixamos de fazer, o que estamos fazendo, como estamos...
eu prefiro falar do oposto, da inatividade.
Todo mundo já ouviu falar que o ofício entra pelos dedos e é fácil de entender isso, é fácil de perceber quando você anda de bicicleta ou toca um instrumento, que os seus membros, os seus dedos, os seus braços, eles vão fazendo coisas, o próprio corpo, por conta própria, você não domina, o “eu” não domina nessa hora, o corpo vai agindo e graças a Deus que é assim, porque se não ninguém conseguiria andar de bicicleta.
Então, isso é uma coisa verdadeira.
Os nossos elementos constituintes eles aprendem por si só muitas coisas, não dependem tanto da cabeça e existe um lado obscuro da cabeça que também é assim, você não tem acesso a ele.
Você pode até fazer uma ponte, e é dela que nós vamos falar, mas não tem acesso direto a ele, então é como a sua mão tocando violão, ela toca e, se você começar a pensar qual dedo vai mexer, imediatamente você se bloqueia.
Quando eu vou treinar alguma coisa desse tipo, seja uma tarefa simples, mas que é repetitiva, ou um instrumento ou qualquer coisa, eu normalmente me oriento pela seguinte frase: - A minha mão tem que aprender!
Então eu deixo a minha mão aprender e eu solto a minha mão para que ela aprenda.
Da mesma forma eu posso fazer isso com o subconsciente, ou com o que quer que você queira chamar, com essa parte oculta da mente, que no segundo Pádaqui, eu fazia menção, lá na Patota do meu Aliado, aquele meu aliado que no primeiro volume do DeMimPro6, lá em 2010, já era lembrado, na estória do Aliado, na história do Neguinho da Cabeça, que me ajuda a lembrar coisas.
E existe uma tradição em muitos povos primitivos, nossos índios, por exemplo, pessoal do deserto, do Ártico, várias regiões do planeta, que tem o hábito de dormir uma noite de sono, muitas vezes em conjunto, com outros elementos da tribo, do grupo, para dormir uma noite antes de tomar uma grande decisão, seja para uma grande caçada, seja para uma guerra, seja para uma expedição, enfim qualquer coisa assim.
E eu tenho, vamos dizer assim, a convicção, pelo menos para mim, de que o sono é um processo exatamente de liberar essa parte oculta da nossa mente para que ela se desenvolva, ela aprenda sozinha, sem a interferência do “eu”.
E é claro, é uma porta também, digamos que não é exatamente de comunicação, no sentido que a gente está acostumado, mas de fluxo, há um fluxo entre o “eu” e essa parte durante o sono e que você aproveita no dia seguinte, exemplo aquelas coisas que você deita pensando nelas, sem solução e acorda com a solução.
Então, obviamente, que isso é um processo de elaboração durante o sono!
Na minha percepção, o sono é um portal justamente para esse, para esse mistério, vamos dizer assim, e um portal para esse mistério que a hora que você ultrapassa esse portal durante o sono, você está livre de tempo e espaço, ou seja, você vai ter uma infinidade de tempo e de eventuais explorações mentais que você queira fazer, porque você está livre.
Então não é porque você dormiu 15 minutos ou 8 horas que nos 15 minutos você faz menos do que em 8 horas, não! Talvez você faça até mais em 15 minutos, dependendo da qualidade desse sono, mas enfim, muitos praticam isso.
Uma das coisas mais comuns que a gente vê na nossa cultura é a oração antes de dormir.
Oração antes de dormir nada mais é do que a chave para portal, para essa porta, você se prepara para entrar nesse outro lado.
É claro que isso é guiado por crenças, não posso dizer que a minha não seja uma crença, obviamente que é.
É uma crença diferente talvez de algumas religiões, de algumas outras crenças. mas é uma crença, eu acredito que as coisas acontecem dessa forma, então é uma crença e todos, de alguma forma, tem alguma crença.
E o que é fundamental é que em todas essas crenças têm uma base comum que é a Fé, não é fé em qualquer coisa é a Fé intransitiva ou seja Fé, Fé!
Porque ela que faz da convicção e a convicção é que permite que esses fenômenos possam ocorrer ou seja, justamente que essa parte oculta do cérebro tem a liberdade para aprender, liberdade para treinar, liberdade para experimentar.
Essa liberdade é dada pela Fé e é, na minha opinião, um portal para o infinito, para o resto, para o mistério, vamos colocar assim.
No meu caso eu já falava, no segundo Pádaqui, sobre a questão da Patota do meu Aliado que seria a constituição do meu corpo e o meu Aliado nada mais é do que esse, digamos, cicerone que me leva nessas viagens.
Muita gente tem outras crenças, lá no primeiro volume do DeMimPro6 eu já falava do Aliado, do Neguinho da Cabeça, que me ajuda a lembrar de coisas e coisas desse tipo.
Outra prática muito comum é a meditação, a meditação, na minha opinião, que eu posso estar absolutamente errado em relação aos paradigmas de muitos estudiosos do assunto e especialistas, mas a meditação para mim é nada mais do que a assim mesmo processo ou seja uma forma de libertar esse seu subconsciente, ou parte oculta da mente, para ficar mais livre e acessar, digamos, mais profundamente, o mistério.
Existem muitas explicações para isso, você ouve explicações de mil tipos, religiosas, científicas, místicas.
Na minha opinião todas são inúteis por ineptas e desnecessárias.
Ineptas porque eu acho que tratar do mistério é uma tarefa absolutamente frustrante, porque o mistério é o mistério, você não vai solucionar algo que por definição é um mistério, você pode avançar um passo ou dois, mas sempre vai ter os infinitos passos dali para frente.
E desnecessárias porque não preciso saber por que a minha mão faz daquele jeito na hora que eu toco violão eu só preciso que ela toque violão.
Então, assim encerramos este nosso terceiro Pádaqui.
É isso aí eu já tinha ouvido falar que o nosso corpo tem inteligência além daquela da cabeça. Então é justamente a gente tem que aprender a liberar o corpo para ele agir da forma como ele sabe e sem as peias do cérebro. Acho que é preciso ficar atento para isso.
ResponderExcluirQuanto a parte do sonho também gostei por quê às vezes tem informações boas mas também tenho informações não tão boas do sonho. Minha dúvida é se eu preciso interpretar esses sonhos ou simplesmente deixa-los lá, simplesmente saber que eles aconteceram.
Ainda não sei bem o que é a meditação que minha filha Valéria fala tanto. Uma hora vou tentar saber como é.
Eu evito qualquer interpretação por acreditar que, primeiro, o racional é limitado, então as interpretações racionais são falhas, segundo, porque acredito que, de alguma forma, o aprendido nos sonhos é incorporado em sua forma pura, sem interpretações.
ExcluirAcho que só buscamos explicações e interpretações por querer ter o controle de tudo, mas o "eu" que quer o controle não é o "todo" que controla, dele só se espera a Fé!